18/04/2018 Correio do Povo
O governador José Ivo Sartori (PMDB) declarou ontem, em tom de crítica, que discorda da decisão cautelar do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que suspendeu os processos de extinção de seis fundações estaduais. “Com todo o respeito, que me desculpem os conselheiros do Tribunal, mas este tipo de decisão não é o papel do TCE: questionar nossa posição e impedir a continuidade deste processo”, afirmou. A declaração fez parte da entrevista concedida aos jornalistas Juremir Machado da Silva e Taline Oppitz, no Programa “Esfera Pública” da Rádio Guaíba. A medida cautelar foi determinada na semana passada pelo conselheiro do TCE, Cezar Miola, a pedido do Ministério Público de Contas e proíbe o governo de praticar atos que resultem na demissão e desmobilização das estruturas administrativa e operacional da Fundação Piratini, Cientec, Fundação de Recursos Humanos, de Economia e Estatística, Fundação Zoobotânica e Metroplan.
Sartori afirmou que o governo está trabalhando para reverter a decisão e garantiu que não paralisou nenhum serviço nas fundações. “Nós continuamos trabalhando normalmente. É preciso que fique claro que extinguir uma fundação não significa extinguir o serviço”, sustentou o governador. O governador peemedebista evitou também se apresentar como pré-candidato à reeleição, mas, ao ser questionado durante a entrevista se aceitaria tirar licença para concorrer, disparou: “Acho difícil me escapar de ser candidato. Mas se eu for candidato, a possibilidade é eu não me afastar. Minha prioridade é dar prosseguimento às mudanças que estamos fazendo no Estado. Fiz isso como prefeito, como deputado, como presidente da Assembleia. Se ocorrer a candidatura para reeleição, farei isso governando”, indicou. Sartori, contudo, ponderou que um projeto de reeleição, para ele, passa pela construção de uma base mais sólida no Legislativo. “Em 2019, quem vai dar sustentação ao projeto? Não quero viver o que estamos vivendo aqui, passando projeto por um ou dois votos”, analisou.