04/04/2017 Imprensa Sindifisco-RS
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo Temer para alterar a Previdência Social dos trabalhadores, tem obrigado diversas categorias a se mobilizarem na tentativa de evitar o que consideram o desmanche do sistema previdenciário.
Além do intenso trabalho que o Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Tributária do RS (Sindifisco-RS) tem realizado em Brasília para sensibilizar as lideranças parlamentares sobre o retrocesso social que representam as propostas do governo, a Diretoria da entidade decidiu reforçar o movimento que está saindo às ruas em todo o país para protestar contra a PEC.
Com o slogan "Não é Reforma. É o fim da Previdência." impresso em uma faixa de cinco metros de largura, no dia 31 de março o Sindifisco-RS foi para a Esquina Democrática de Porto Alegre somar-se aos milhares de trabalhadores que protestavam contra a PEC 287. O slogan faz parte de uma campanha nacional da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) realizada em conjunto com os sindicatos filiados de todos os Estados brasileiros e do Distrito Federal.
Após as diversas manifestações de lideranças dos trabalhadores concentrados na Esquina Democrática, milhares de participantes partiram pela Avenida Borges de Medeiros em direção ao bairro Cidade Baixa. Durante a caminhada, realizada em torno de uma hora, foram entoadas palavras de ordem contra a Proposta de Emenda à Constituição e contra o governo Temer, que tem encaminhado iniciativas em projetos que prejudicam a classe trabalhadora.
Para o presidente do Sindifisco-RS, Celso Malhani, este é um momento crucial e que exige a mobilização de todas as entidades e trabalhadores para barrar o avanço da PEC 287. Ele lembra, ainda, que as investidas do governo federal também ferem os direitos trabalhistas com as alterações nas regras de terceirizações e na própria reforma tributária.
"As condições propostas pela PEC 287/2016 são as mais gravosas do mundo para os trabalhadores", informa Malhani. Ele se refere, mais especificamente, aos novos critérios de tempo mínimo de contribuição, principalmente para ter direito à aposentadoria integral, idade mínima para se aposentar, condições de pensionamento e outras questões que, em conjunto, oprimem a classe trabalhadora.
Confira aqui a manifestação do presidente do Sindifisco-RS na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal no dia 27 de março.
Leia o artigo Outra reforma é possível publicado no jornal Correio do Povo no dia 31 de março.