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27/04/2017 Imprensa Sindifisco-RS
Centrais sindicais organizam paralisação geral
Trabalhadores de diversas categorias pretendem estar mobilizados nesta sexta-feira (28) para protestar contra as reformas trabalhista e da Previdência. Na mesma data, os auditores-fiscais da Receita Estadual do RS estarão reunidos em Assembleia Geral para debater a reforma da Previdência e as mudanças no sistema previdenciário dos servidores públicos estaduais.
Durante plenária realizada na sede do Sindbancários nesta quarta-feira (26) no Centro de Porto Alegre, representantes de nove centrais sindicais e de diversos sindicatos de trabalhadores discutiram detalhes da paralização geral do dia 28.
Junto à Pública Central do Servidor, representada pelo diretor de Comunicação do Sindifisco-RS, Christian Azevedo, estavam reunidas a CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, CGTB, Intersindical e CSP-Conlutas. Além dos auditores-fiscais da Receita Estadual, representados pelo Sindifisco-RS, estavam representadas as categorias de municipários, bancários, rodoviários, petroleiros, professores, servidores públicos federais, estaduais, trabalhadores da saúde, Correios, construção civil, comércio, metalúrgicos, sapateiros, policiais civis, eletricitários, entre outras.
Azevedo ressaltou a importância da união das categorias neste momento de luta da classe trabalhadora. O dirigente informou em primeira mão a instalação da CPI da Previdência no Senado Federal, por iniciativa do senador Paulo Paim, que tem sido parceiro dos trabalhadores no Congresso Nacional. O diretor de Comunicação do Sindifisco-RS anunciou também que os auditores-fiscais estarão mobilizados na sexta-feira e que o Sindifisco-RS estará disponibilizando um caminhão equipado com uma grande tela de vídeo no Centro de Porto Alegre, na qual serão exibidas peças informativas sobre o superávit do sistema previdenciário brasileiro.
Coletiva de imprensa
A plenária fez uma pauta para responder às pergundas dos jornalistas de diversos veículos de imprensa que estiveram presentes no local.
Os dirigentes informaram que a paralisação do dia 28 é apenas a primeira etapa da mobilização dos trabalhadores brasileiros. "Os ataques à classe trabalhadora são muito fortes e afetam diretamente os sindicatos", afirmou o presidente em exercício da Força Sindical, Walter Fabro.
As lideranças também afirmaram que haverá bloqueios nos principais acessos à Porto Alegre, em vários pontos no interior do Estado e em frente aos portões de garagens de ônibus na região metropolitana. Em relação à organização em nível nacional, disseram que vários estados estão mobilizados. A expectativa, diante da grande união de entidades de trabalhadores em nível nacional, é que a paralização de sexta-feira seja a maior das últimas décadas.
O grupo recomendou que a população não saia de casa para trabalhar, mas que some-se aos protestos que estarão acontecendo em vários locais. “Quem sair de casa, que venha nos ajudar”, sugeriu o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT-RS), Claudir Nespolo.
Durante sua intervenção na coletiva, o representante da Pública provocou os jornalistas a refletirem sobre o tipo de moral que têm os políticos citados na Operação Lava Jato para conduzirem as reformas da Previdência e trabalhista.
O Sindifisco-RS orienta seus filiados para que participem da Assembleia Geral Extraordinária que será realizada a partir das 9h do dia 28. Ao meio-dia, com camisetas da campanha "Não é reforma. É o fim da Previdência", da Fenafisco, o grupo sairá em direção à Esquina Democrática para protestar contra a PEC 287/2016 e a reforma trabalhista. Para o ato externo, também há a orientação para que os trabalhadores incentivem as participações de amigos e familiares.