05/09/2017 Correio do Povo
Mais uma vez não se confirmou a expectativa dos servidores do Executivo, que receberam até agora apenas R$ 350,00 de seus salários, correspondentes a duas parcelas. O terceiro depósito, de R$ 170,00, aguardado para a última sexta-feira, também não foi feito ontem e pode não se concretizar hoje. A Secretaria da Fazenda sustenta o cronograma previsto originalmente, de quitar as nove parcelas até o dia 13. Segundo integrantes da Fazenda, não há previsão de ingresso de receitas novas no Tesouro do Estado, salvo a possibilidade de crescimento, até o dia 8, no saldo dos depósitos judiciais, situação prejudicada pelo feriado do dia 7, na quinta-feira.
Os recursos que mensalmente reforçam o caixa nos dias 9 e 10 irão se concretizar apenas no dia 11, em função do final de semana, que coincidirá com as datas. Entre eles, recursos do ICMS da substituição tributária, de combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. No dia 11, o governo gaúcho recebe também o primeiro repasse mensal da União relativo ao Fundo de Participação dos Estados e o IPI exportação e no dia 12, o ICMS do comércio e da indústria, que seriam suficientes para quitar os R$ 940 milhões em aberto da folha. Caso o cenário financeiro se mantenha, deve se confirmar a previsão de encontro de duas folhas salariais em outubro.
Sartori sobe o tom
O governador José Ivo Sartori abandonou o tradicional tom conciliador em manifestação no lançamento do Plano Estadual de Saneamento. Sartori fez referência a resistências apresentadas ao edital do primeiro projeto de Parceria Público-Privada (PPP) da Corsan no Estado. “Chega de conversa fiada. Todo mundo precisa de alguma coisa. Agora tem coisas que não podem ficar paradas seis, sete ou oito meses por causa do tal do diálogo e do tal entendimento. Governar é contrariar interesses”, disse Sartori, batendo com a mão na mesa. Haveria resistência inclusive de prefeito do PMDB.