06/11/2017 Correio do Povo
Em torno das 17h de quinta-feira, o Brasil atingiu o montante de R$ 1,8 trilhão arrecadado em tributos municipais, estaduais e federais. Esse total foi registrado pelo painel do “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e essa marca foi atingida 26 dias antes do que em 2016. Isso mostra que os governos, inclusive a União, que concentra a maior fatia do bolo tributário, estão amealhando mais recursos da sociedade. De acordo com Alencar Burti, um dos diretores ACSP, a estimativa é que a arrecadação chegue a algo em torno de R$ 2,72 trilhões no final de ano.
Sempre é bom frisar que a tributação pode ser boa ou pode ser ruim, dependendo do que os governantes fazem com os recursos da sociedade. Infelizmente, no Brasil, é comum se ter uma alta carga tributária, em torno de 36% do Produto Interno Bruto (PIB), sem que a população receba um retorno à altura em termos de serviços. Seguidamente, diversos levantamentos idôneos, como os da Organização das Nações Unidas (ONU), mostram o país mal situado em índices de qualidade de vida. Até mesmo no ranking sobre ambiente de negócios aparece em posição constrangedora, figurando como o 125˚ colocado num conjunto de 190 países. Diante dessa realidade, resta esperar que cada centavo que sai do bolso dos brasileiros para os governos possa ser mais bem aplicado, gerando renda e desenvolvimento. Por enquanto, não é isso que se verifica e temos um poder público que movimenta trilhões num país socialmente desigual.