07/11/2017 Correio do Povo
Em reunião com líderes da Câmara e com ministros, incluindo o da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente Michel Temer afirmou ontem que continuará empenhado em aprovar a reforma da Previdência, reconheceu que ela deve ser menor que a prevista inicialmente e, em uma espécie “de vacina”, rechaçou a tese de que seu governo sofrerá uma derrota caso ela não avance. Segundo Temer, a reforma da Previdência é uma espécie de “fecho” das reformas. “A reforma da Previdência é a continuação importante, fundamental, para uma espécie de fecho das reformas que nós estamos fazendo. Vou trabalhar muito por ela”, afirmou. “Embora não se consiga fazer todo o conjunto que ela se propõe, avançamos até um determinado ponto”.
No Planalto, auxiliares reconhecem que a idade mínima é o eixo central para que a reforma tenha algum efeito e mantenha o discurso de vitória do governo. Temer disse ainda que vê na mídia afirmações de que, se o governo não aprovar a reforma da Previdência, ele não terá dado certo. “Se em determinado momento a sociedade não quer a reforma da Previdência, a mídia não quer e a combate e se o Congresso não quiser aprová-la, paciência. Eu continuarei a lutar por ela.” “A reforma da Previdência não é minha, não é pessoal, mas é do governo compartilhado”, afirmou, ressaltando que, caso não consiga votar a medida, o governo não será inviabilizado. Para Temer, seu governo tem dado certo, apesar das duas denúncias contra ele.