Questionado pela âncora Renata Vasconcellos sobre os críticos do partido, Haddad disparou: "o ex-ministro não participa da minha campanha nem do meu governo". "Para mim, a democracia está em primeiro lugar", defendeu.
O programa de governo do PT previa a criação de "condições de sustentação social" para convocar nova Constituinte "livre, soberana e unicameral". Entretanto, a Constituição Federal não permite esse tipo de iniciativa. "Nós revimos nosso posicionamento [sobre Constituinte] e vamos fazer as reformas por emenda", esclareceu Haddad.
As reformas prioritárias para o petista são tributária e bancária. Por emenda constitucional, ele quer assegurar isenção do Imposto de Renda a quem ganha até 5 salários mínimos.
A reforma bancária de Haddad visa a beneficiar "o empresário que quer produzir" e "o consumidor que busca o crediário". Ele afirma que não é mais possível ter concentração do setor, uma vez que os bancos têm altos lucros e cobram juros abusivos.
Haddad também pretende revogar o teto de gastos públicos, "que afetou drasticamente o investimento". O conjunto dessas 3 propostas é essencial para o crescimento do Brasil, na avaliação do ex-ministro da Educação.
Defesa dos direitos sociais por Haddad
Fernando Haddad buscou se posicionar no polo oposto a Bolsonaro: "nós, do lado da social democracia, do Estado de bem estar social, que garante o direito do cidadão, do trabalhador, que cumpre a Constituição de 1988".
O petista se comprometeu a um programa de desenvolvimento e emprego para os brasileiros. "Uma pessoa tem que acordar e ter para onde ir; isso exige do poder público oportunidades de emprego e educação", argumentou.
"Estamos com o espírito desarmado em virtude do desejo de promover desenvolvimento com inclusão social", enfatizou. "Desenvolvimento para poucos não é desenvolvimento."
Haddad pediu para que todos votem de forma consciente: "o futuro dos seus direitos, sociais e trabalhistas, está em jogo".