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Café com Candidatos - governador Tarso Genro



Tarso aposta em proposta de transição

Na condição de candidato à reeleição, o governador Tarso Genro, participou nesta terça-feira (2) do "Café com Candidatos”, evento promovido pelo Sindifisco-RS e pela Afisvec. O encontro aconteceu no Hotel Embaixador, em Porto Alegre.

 

Além de estar acompanhado por membros de sua equipe de campanha, Tarso contou com as companhias do secretário da Fazenda, Odir Tonollier, e o adjunto, André Paiva, além do coordenador de programa de governo, Marcelo Daneris, e do subsecretário da Cage, Luiz Paulo Pinto.

Nesse pleito eleitoral, Tarso concorre através da coligação Unidade Popular pelo Rio Grande, composta por sete partidos (PT / PTC / PC do B / PROS / PPL / PTB / PR). 

Na abertura do evento, os presidentes Celso Malhani (Sindifisco-RS) e Altemir Feltrin (Afisvec) apresentaram ao candidato as pautas de interesse da categoria, enfatizando a necessidade premente de resolver questões como a dívida mobiliária do RS e os precatórios. Também foi reafirmado o desejo de manter o diálogo com o Executivo e dar continuidade no processo de regulamentação da Lei Orgânica da Administração Tributária.

Tarso agradeceu a oportunidade de falar sobre o seu programa de governo e reafirmou o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pela categoria nos três anos e meio em que está a frente da administração do Estado. "Eu pude contar muito com a Secretaria da Fazenda, especialmente com o trabalho sóbrio e responsável que vocês desenvolveram”, afirmou, dirigindo-se aos auditores-fiscais presentes no encontro.

Após falar sobre o atual cenário nacional e elogiar o trabalho desenvolvido pelo governo federal, Tarso Genro, partindo do que chamou de "uma visão macro”, afirmou que as conquistas sociais dos governos Lula e Dilma levam à conclusão de que "o país hoje não é mais o mesmo”. O candidato apontou  conquistas na área da educação pública, enfatizando o maior acesso das classes populares ao ensino de nível superior, e as transformações na capacidade que a economia do país tem de oferecer empregos nesse período.

Esgotamento e transição

Tarso afirmou que as regiões metropolitanas vivem um sufocamento nas áreas da saúde, da segurança pública e da educação.  "Quando eu digo que esse modelo está em esgotamento, digo que, daqui para adiante, temos que pensar em um novo pacto federativo, em um novo pacto tributário fiscal para o país”, afirmou. "Nós estamos apresentando uma política de transição, que é uma política arriscada e cujo futuro é indeterminado, que vai ser determinado pela relação do Estado com a União”.

Três movimentos

As estratégias apresentadas por Tarso Genro para o próximo período de governo foram divididas no que ele chamou de "três movimentos em direção ao futuro do Estado”. Falando sobre a dívida pública (primeiro movimento), Tarso aposta no resultado da votação que está prevista para ocorrer no mês de novembro – com acordo da base governista e oposição – e poderá abater R$ 15 bi da dívida do RS. Como essa nova situação, abre, segundo Tarso, um espaço fiscal para a tomada de novos empréstimos para investimentos no RS. Na sequência da renegociação, é importante, segundo o candidato, a realização de um trabalho em nível nacional, dentro das esferas de representatividades sindicais das categorias fazendárias, para rebaixar os repasses mensais da dívida – que pagam os juros e o serviço – de 13% para, no mínimo, 8 ou 9%.

O segundo movimento do plano de governo apresentado no Café com Candidatos é o trabalho, em conjunto com o governo federal, para atrair investimentos privados e públicos para o RS. Tarso falou sobre intenção de atrair, também, investimentos internacionais. Citou, como exemplo, a China, "que vive um momento de desordem ambiental promovida por eles próprios e estão interessados em levar para fora uma boa parte de sua produção industrial”.

A obtenção de novos financiamentos, a partir da reestruturação da dívida, "para dar impulso a investimentos próprios do Estado” é o terceiro movimento apresentado. Para isso, o projeto prevê a execução do Plano Estadual de Logística e Transporte (Pelt). A intenção é usar o financiamento de R$ 1 bi para investir em infraestrutura e "os escassos recursos próprios – conseguindo ou não rebaixar as prestações mensais da dívida – em políticas sociais”.

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