O candidato ao Senado Federal pelo PDT, Lasier Martins, participou nesta terça-feira (16) do Café com Candidatados, evento promovido pelo Sindifisco-RS e pela Afisvec para oferecer aos seus filiados e associados a oportunidade de conhecerem, de forma mais aprofundada, os candidatos e suas propostas para o Estado gaúcho.
Depois de receber as boas-vindas dos presidentes e diretores das entidades representativas dos auditores-fiscais da Receita Estadual, Lasier falou do apreço que tem pela categoria e de seu reconhecimento pela contribuição dos auditores-fiscais para o desenvolvimento do RS, assim como de suas participações no Prêmio Gestor Público e no Encontro do Fisco Estadual Gaúcho.
Após mais de cinquenta anos trabalhando em jornais e emissoras de rádio e televisão do RS como apresentador e cronista político, o comunicador aposentado – formado em Direito pela UFRGS – larga os microfones para tentar, aos 72 anos, ingressar na carreira política. Seguindo os passos de sua ex-colega de Grupo RBS Ana Amélia Lemos, atual senadora e candidata ao governo do RS pelo Partido Progressista, Lasier Martins, aproveitando a popularidade que tem em função de sua grande exposição na mídia, lança-se com candidato à disputadíssima e importante vaga para o cargo de Senador.
O cenário
O candidato iniciou sua palestra traçando um panorama do que chamou de "mudança de eixo” do mercado internacional, tendo este cenário, segundo ele, a China e a Índia como novas protagonistas de peso nas relações comerciais. Segundo Lasier, as superpotências orientais têm forte influência no mercado gaúcho, principalmente nos setores coureiro-calçadista, têxtil e de brinquedos. Elas "têm engolido os mercados brasileiros, têm causado grandes prejuízos e algumas quebras”, afirmou. Para o candidato, este fator tem influenciado de forma negativa a indústria brasileira.
Desigualdades sociais
"Somos um país de brutais desigualdades sociais e econômicas”, diz Lasier. Para o candidato, não há dúvida de que a causa desse problema é a falta de educação. "É a falta de educação que conduz à informalidade do trabalho”, afirma. "E da informalidade à criminalidade é um passo”, complementa.
Lasier ainda criticou a atual situação da Petrobrás, das mais de três milhões de empresas brasileiras inadimplentes, a corrupção no país e a situação da educação pública do RS
Recursos
"Ninguém tem um país tão rico sob o ponto de vista da natureza. Então, como é que nós conseguimos ser um país pobre?”, questiona o candidato. A resposta ao problema ele fornece em seguida: "Gestão pública, falta de política, falta de honestidade, porque grande parcela dos nossos recursos vai para o ralo da corrupção”, dispara o candidato, que ainda guarda o hábito da crítica jornalística.
Lei Kandir
"Quero ser fiscal das políticas vigentes do país.”
"Como representante do Rio Grande do Sul, quero buscar aqueles nossos recursos que estão retidos lá (em Brasília), como a Lei Kandir (Lei Complementar nº 87/96), que até hoje não foi ainda regulamentada."