Simon aposta em receita de experiência com renovação
Candidato à reeleição, o senador Pedro Simon (PMDB) foi o palestrante do Café com Candidatos realizado nesta quinta-feira (18) no Hotel Embaixador, em Porto Alegre. O evento é promovido pelo Sindifisco-RS e pela Afisvec para oferecer aos seus filiados e associados a oportunidade de conhecerem as propostas dos candidatos para o Estado gaúcho.
A receita de um dos mais experientes políticos do Rio Grande do Sul e do país, reconhecido por sua longa e respeitável biografia parlamentar, é a renovação para a Presidência da República, mas com o apoio de quem, aos 84 anos, já acumula quatro mandatos no Senado Federal, um mandato como governador do RS, quatro mandatos de deputado estadual e um de vereador, início de sua carreira política, em 1960. Em sua trajetória, também consta a atuação como ministro da Agricultura.
Simon apoia a candidatura à Presidência da ex-colega de Senado Marina Silva (PSB), que concorre ao lado do gaúcho Beto Albuquerque (PSB), alçado de candidato ao Senado, no início desse pleito, para candidato à Vice-Presidente após a morte de Eduardo Campos (PSB), ocorrida no dia 13 de agosto desse ano. No RS, o apoio é ao candidato ao governo do Estado pela coligação "O novo caminho pra o Rio Grande” é José Ivo Sartori (PMDB).
Após fazer um breve apanhado histórico sobre aspectos do desenvolvimento sociopolítico e econômico do Rio Grande do Sul, ressaltando peculiaridades da formação cultural dos gaúchos, Simon falou sobre a dívida do Estado do RS com a União, agricultura, reforma agrária, meio ambiente, polo petroquímico, Lei Kandir, repartição de recursos e outros temas de interesse social sujeitos aos reflexos de decisões político-administrativas.
Reconhecido, também, por ser protagonista de discursos inflamados no Senado Federal, onde trata, entre outros assuntos, sobre ética e moralidade na política, Simon não poupou críticas aos financiamentos com recursos do BNDES concedidos a um frigorífico brasileiro – que está financiando campanhas nessas eleições – e a um porto de Cuba com apoio do governo federal.
As críticas não se destinaram apenas aos financiamentos. O candidato falou da falta de controle quanto aos gastos federais. "O governo federal não tem fiscalização, recebe e gasta como quer”, criticou. Segundo ele é necessário rever o pacto federativo.
Para Simon, a reforma política "terá de ser feita à revelia do governo federal”. Em um momento seguinte, ele afirma: "As reformas importantes que temos que fazer o governo vota se o povo pressionar”.
Em relação à redução do INPI, ele criticou o que chamou de falta de responsabilidade do governo ao incentivar a ampliação do uso de automóveis ao invés de priorizar os investimentos em transportes públicos.
Sobre o seu retorno à vida política, após ter anunciado a aposentadoria e aceitado o convite para ser candidato à reeleição (no lugar de Beto Albuquerque): "Aceitei porque acho que vai ser um grande momento”.
Além dos presidentes do Sindifisco-RS, Celso Malhani, e da Afisvec, Altemir Feltrin, também compuseram a mesa junto ao candidato o vice-presidente das duas entidades, Edison Zart, e o candidato a deputado federal pelo PSB e auditor-fiscal da Receita Estadual, Airto Ferronato.
Prêmio Gestor Público