Artigos e Apresentações
Jogo do Bicho
Alceu Medeiros
Artigo do auditor-fiscal aposentado Alceu Medeiros.
Atire a primeira pedra quem nunca fez uma "fezinha” no jogo-do-bicho. Sonhou com um número, pimba! Lembrei-me do "bicho” como uma das soluções da crise econômica brasileira, mais fiscal do que aquela.
Todo mundo está dando o seu palpite para melhorar as finanças do país, principalmente do Estado, que está numa pindaíba danada. Eu também vou meter minha cucharra nesse angu, porém com cautela.
A pindaíba do Estado não é de hoje. Por causa de atraso de pagamento de salários, eu tive de atrasar minhas núpcias. Em dezembro de 1963, o Estado pagou o mês de outubro daquele ano, fazendo com que o dinheirinho da gente ficasse todo ele nas mãos de agiotas e a minha lua-de-mel foi pras cuculas.
O jogo do bicho, só para lembrar, se joga francamente em todo o país e continua mais vivo do que nunca, apesar de não se falar mais nele há muito tempo.
A legalização do jogo-do-bicho renderia um dinheirinho extra para as combalidas finanças do nosso Estado, em um momento em que ninguém vê a luz no fim do túnel. Eu sei que não depende do Estado sua legalização, pois a competência é da União, porém pensar como solução não dói nada para o tico e o teco, neurônios de muita gente.
Legalizando o bicho, o banqueiro (é quem banca a totalidade do jogo e quem paga a banca), seria tributado na fonte e repassado aos estados confederados.
Hoje, se jogo abertamente em tudo que é lugar, em qualquer ponto (móvel) se avista os "gerentes de banca” e o vendedor é agregado a esse e é quem intermedia o pagamento entre o apostador e o gerente.
Legalizado, além de render um dinheirinho extra, geraria também recursos para à previdência e segurança profissional para quem trabalha no ramo.
Então, minha gente, vai uma "fezinha” aí? É bicho na cabeça!