Artigo publicado no espaço do Sindifisco-RS no Jornal do Comércio
O progresso tecnológico tem ao menos uma causa e uma consequência imediatas: o acúmulo do conhecimento. Isso é facilmente verificável ainda que de forma empírica: quanto mais as facilidades tecnológicas ajudam a disseminar o conhecimento, mais elas ajudam a gerá-lo. Não é à toa que, há pouco mais de dois séculos, a humanidade demorava cerca de 80 anos para dobrar o conhecimento produzido. Hoje, esse lapso temporal é de apenas 10 anos. Não há, pois, como o profissional de hoje fugir da constante readequação de seus conhecimentos, suas habilidades e atitudes.
A Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul, com esse norte, vem imprimindo esforços para proporcionar aos seus servidores constante atualização de conhecimentos, intenso desenvolvimento de habilidades, bem como uma correta avaliação de atitudes. Com o intuito de corroborar essa filosofia de capacitação, a Supervisão de Desenvolvimento Organizacional e Qualidade está implementando, em 2010, as duas primeiras macroetapas do Curso de Formação e Treinamento dos 165 novos Agentes Fiscais do Tesouro do Estado, aprovados em concurso público realizado em 2009.
Com efeito, esses novos Agentes Fiscais, recém-empossados, vieram para desempenhar atividades de suma importância para a sociedade, atividades estas que abrangem diversas áreas do conhecimento, tanto na seara da Administração Tributária, quanto da Gestão Pública.
Nesse passo, o programa de formação foi estruturado em três macroetapas, a saber: Formação Geral, Formação Específica e Formação Continuada. A primeira macroetapa se dividiu em dois módulos. O módulo de Integração Organizacional, com o objetivo de promover uma visão sistêmica da Secretaria, permite aos novos Agentes conhecer os diversos processos de trabalho. Já o módulo de Integração Funcional enfoca as expectativas relativas ao cargo assumido e a importância estratégica do papel de gestor fiscal a ser desempenhado.
A segunda macroetapa do treinamento foi formulada para dar início à formação específica nas três grandes áreas-fim da Secretaria — Receita Estadual, Tesouro do Estado e Contadoria e Auditoria-Geral do Estado —, de acordo com o exercício dos novos servidores. Nesta etapa, organizada pelas áreas, o Agente passa por um período de preparação singular, afeto a cada um dos locais de designação.
Por seu turno, a terceira macroetapa complementa as outras duas. Ela abrange o conceito de formação continuada e compreende as necessidades de treinamento e desenvolvimento relacionadas ao perfil pretendido para o Agente Fiscal, bem como o oferecimento de vagas em cursos internos e externos, com o intuito de complementar e atualizar a formação dos servidores.
Como se vê, essa forma de pensar a capacitação muito em breve reverterá à sociedade, resultando em melhorias na arrecadação tributária, no combate à sonegação e à corrupção, no reforço ao controle interno e na manutenção do equilíbrio fiscal, fomentando assim o desenvolvimento econômico do Estado.
Pode-se dizer, por fim, que a ênfase na capacitação, impressa na forma de trabalho da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, está intimamente conectada à melhoria dos serviços públicos, indo assim ao encontro dos anseios da sociedade gaúcha, que exige um Estado mais eficiente, ágil e transparente.