Os auditores-fiscais da Receita Estadual do RS ainda estão estimando os impactos da negociação da dívida com o governo federal.

"A proposta é um avanço, mas é insuficiente para resolver todos os problemas financeiros do Estado", afirma o auditor-fiscal Leonardo Busatto, subsecretário do Tesouro do Estado. A estimativa inicial do Tesouro estadual é que o Estado tenha uma economia mensal de aproximadamente R$ 150 milhões nos primeiros dois anos após a assinatura do acordo. O valor, no entanto, representa menos da metade do déficit previsto para 2016, que é de aproximadamente R$ 5 bilhões, conforme a Secretaria da Fazenda. Busatto calcula que após os dois primeiros anos a economia mensal ficará na casa dos R$ 60 milhões, reflexo direto do alongamento. 

Ainda que o resultado da negociação até o momento não cubra o déficit previsto pelo governo do Estado, há a possibilidade de que os auditores-fiscais consigam avançar nas tratativas com o governo federal. "Após a negociação padrão que a União fez com todos os Estados, nós vamos buscar avanços em pontos específicos da dívida gaúcha", afirmou o subsecretário. 

Na tarde desta quarta-feira (16) a equipe da Secretaria da Fazenda que está a frente da negociação, liderada pelo secretário Giovani Feltes, se reuniu com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para adiantar pontos específicos do caso gaúcho. A proposta deve ser definida na próxima semana.