Notícias

07/05/2019 Zero Hora

Artigo | Fazendo contas para o futuro - Por Eduardo Lacher

No dia 15 de abril o Conselho Deliberativo do Internacional aprovou por unanimidade e sem ressalvas as contas de 2018. Os dados apresentados demostram importantes avanços.

Depois da tempestade, o clube vem aos poucos buscando o seu caminho. Apesar dos números ainda  preocupantes, existem avanços. O empenho para a redução de custos e para o alongamento dos prazos das dívidas são esforços visíveis. A dificuldade de liquidez do clube segue em patamares importantes. Entretanto, cumprimos a meta do Profut, boa parte com base num perdão de dívida de investidor. Não é uma ação estrutural, mas a meta foi atingida.

Mas como sempre para um clube grande, precisamos mais. Muito mais para conquistar tudo de novo. Na década de 2000, o Inter passou boa parte como o terceiro clube em faturamento no Brasil. Chegamos a ser o segundo em 2010. Em 2018, ocupamos o 8º lugar, R$ 360 milhões a menos de faturamento do que o Palmeiras (o primeiro). Essa posição cobrará um preço logo adiante. Os primeiros cinco clubes em faturamento estão acima de R$ 400 milhões. Enquanto isso, 0 Inter atingiu R$ 293 milhões.

No futebol, estar no topo desse ranking é um imperativo. A distância entre os cinco primeiros em faturamento sobre os demais é crescente. Para isso, é preciso que o clube todo se mobilize em busca de novas receitas e para ampliar as existentes. Isso não vem ocorrendo na necessidade do mercado futebol. É preciso muito mais e missão de todo o clube.

É claro que, como clube de futebol, o gasto do Inter com sua atividade fim é alto. Porém, é preciso rever uma política de futebol que contrata mais do que valoriza a base. Nos últimos anos, conquistamos dois títulos importantes na base: o Brasileirão de Aspirantes, com o Sub-23 em 2017, e a Copa do Brasil Sub-20, em 2014. È sabido que o objetivo da base não é ganhar títulos, mas se as taças vêm, é sinal de que nossos guris se destacam diante dos demais. Dos 13 atletas que disputaram a final em 2014, apenas Dourado joga no Inter. Wiliam foi vendido ao Wolfsburg em 2017. Do time de 2017, nenhum dos que jogaram a final está no grupo principal hoje. É sabido, só com sequência e confiança os jovens ganham espaço. Alisson e Dourado são a prova. Sarrafiore já da as mesmas mostras.

Fica evidente que o futuro do clube passa por aumentar suas receitas. E como sempre testemunhamos na nossa história, o futuro do Inter passa também por seu celeiro de ases.