30/10/2019 Correio do Povo
Representantes das entidades que representam os servidores da segurança pública e da educação irão, pela primeira vez na história, somar forças contra as mudanças na carreira do funcionalismo e na previdência, apresentadas recentemente pelo governo gaúcho. Lideranças do movimento estiveram reunidas na tarde desta terça-feira, na sede da Associação dos Oficiais da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar (AsofBM), na Capital. Uma das definições foi o compromisso de realizar uma grande manifestação, em Porto Alegre, no dia 26 de novembro.
Na reunião, representantes da AsofBM, Abamf, ASSTBM, Aofergs, Abergs, Ugeirm e Cpers-Sindicato, aproveitaram para compartilhar suas visões sobre o iniciativa do governo de Eduardo Leite. As categorias rejeitaram por unanimidade o plano de reforma estrutural proposto. As alterações na contribuição previdenciária e o fim das gratificações acumuladas foram criticadas pelos servidores. “O projeto é tão ruim, que não apresentamos contraproposta”, avaliou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, no encontro com os colegas da segurança.
"Não vamos oferecer nenhuma sugestão de emenda, conforme o pedido de alguns deputados”, adiantou o presidente da AsofBM, coronel Marcos Paulo Beck. Os representantes acreditam que o governo não deverá enviar para Assembleia Legislativa os projetos dos planos de carreiras dos servidores de uma só vez.
As entidades pretendem agora seguir por novas estratégias. A Presidente do Cpers falou da Frente dos Servidores, que reúne 20 entidades. "Também vamos ter tempos difíceis por causa da reforma da previdência". “Vamos agilizar novas formas de mobilização conjunta. O governo tem uma base sólida na Assembleia.”, disse o diretor da ASSTBM, Ricardo Agra.