04/12/2019 GauchaZh
Uma operação de órgãos estaduais cumpre mandados de busca e apreensão em sedes ligadas a um grupo de empresas do ramo farmacêutico, em Canoas e em Porto Alegre, na manhã desta quarta-feira (4). Investigação do Ministério Público, da Receita Estadual e da Procuradoria-Geral do Estado aponta que a companhia deve cerca de R$ 150 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
São cumpridos mandados de busca e apreensão em oito residências na Capital e em seis empresas de Canoas. O nome da companhia investigada ainda não foi divulgado, mas GaúchaZH apurou tratar-se do Grupo Maiora.
De acordo com o MP, as investigações — iniciadas a partir de relatório da Receita Estadual — apontam uma "fraude fiscal estruturada" em que o grupo empresarial, que detém a operação de um conglomerado formado por uma atacadista de medicamentos com sede em Canoas e empresas que distribuem os remédios farmácias de todo o país. Os promotores apontam que eles são suspeitos de praticarem crimes como sonegação de impostos, blindagem patrimonial para a ocultação dos efetivos administradores e beneficiários do esquema, além de organização criminosa.
O chefe do grupo seria o proprietário de uma atacadista de medicamentos e, para praticar as fraudes tributárias, criava empresas em nomes de familiares e laranjas. Na apuração, foi percebido que pelo menos 10 empresas que foram baixadas, além das que estão em atividade atualmente, devem R$ 150 milhões em ICMS.