13/03/2020 Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Na noite desta quinta-feira (12/3), o governador Eduardo Leite assinou o decreto que contém orientações a respeito do coronavírus. O documento, que tem prazo de validade de 30 dias, recomenda a suspensão, durante esse mesmo prazo, de viagens internacionais ou interestaduais e de reuniões de capacitação. O gabinete do governador avaliará possíveis exceções. O decreto será publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (13/3).
Além disso, servidores que tenham regressado de férias há cinco dias ou que venham a regressar durante o período no qual o decreto fique em vigor devem notificar os superiores, antes de retornarem ao trabalho, a respeito do itinerário de viagem. Caso apresentem sintomas, os funcionários deverão ficar em casa, sem prejuízo de remuneração, por, no mínimo, 14 dias. Os assintomáticos deverão permanecer, pelo mesmo período, cumprindo funções em regime de teletrabalho.
O anúncio de que o decreto seria publicado foi dado durante entrevista coletiva, também nesta quinta. “Nesse período, devemos evitar exposições desnecessárias. É uma situação atípica e precisamos chamar à responsabilidade cada pessoa, em respeito à saúde do outro. Não se trata somente de evitar o contágio, mas sim de evitar contaminar outras pessoas que podem ter a saúde mais fragilizada”, ponderou.
Idosos e pessoas que já tenham alguma condição de saúde, como doenças que prejudicam a imunidade, são os mais suscetíveis a contraírem o Covid-19. Também como forma de precaução, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a campanha de vacinação contra a gripe para o dia 23 de março, preconizando como público-alvo os idosos e os profissionais da saúde.
Até o momento, o Rio Grande do Sul contabiliza quatro casos confirmados de Covid-19, causada pelo coronavírus: um em Caxias do Sul, um em Campo Bom, e dois em Porto Alegre. O morador de Campo Bom, primeiro caso confirmado, já está curado.
Desde os primeiros casos da doença, na China, o governo do Estado vem se preparando para uma possível chegada do vírus ao país e ao RS. Em janeiro, foi criado o Centro de Operações de Emergência (COE) a fim de organizar o preparo. Leite afirmou que encaminhará um pedido ao Ministério da Saúde para que libere 150 leitos de urgência e de emergência a fim de dar a retaguarda necessária aos casos que evoluírem com maior gravidade. Além disso, defendeu a celeridade da disponibilização de verba, por parte do Ministério da Educação, para aquisição de equipamentos e contratação de recursos humanos para a nova estrutura do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que pode viabilizar até 40 leitos para atendimento de pacientes que contraírem o Covid-19.
Antes de definir a versão final do decreto, o governador Eduardo Leite o apresentou aos chefes de Poderes no Palácio Piratini. A reunião teve as seguintes presenças: vice-governador e secretário da Segurança, Ranolfo Vieira Júnior; procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa; secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian; secretária da Saúde, Arita Bergmann; vice-presidente da Assembleia, deputado Zé Nunes; presidente do Tribunal de Justiça, Voltaire de Lima Moraes; procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen; defensor público-geral do Estado, Cristiano Vieira Heerdt; presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Estilac Xavier; secretário adjunto da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, Marcelo Alves; e secretário-geral da Assembleia Legislativa, Álvaro Franklin.
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DICAS DE PREVENÇÃO
Investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo. Apesar disso, a transmissão do coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo (toque ou aperto de mão), contato com objetos ou superfícies contaminados, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
COMO SE PREVENIR CONTRA O VÍRUS
• Lavar as mãos.
- A lavagem frequente das mãos é a principal recomendação para se prevenir.
- Higienizar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos a cada vez.
- Esfregar os espaços entre os dedos, o dorso da mão e cavidades (dobras dos dedos e unhas), onde as bactérias podem se alojar.
- Usar sabonete (apenas água é insuficiente para a higienização). Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
• Evitar contato próximo com pessoas doentes.
• Ficar em casa quando estiver doente.
• Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
• Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
• Evitar tocar olhos, boca e nariz.
- Contato com olhos, nariz ou boca permite que o vírus entre no corpo, gerando infecção. Essas regiões do corpo têm mucosas.
• Cuidados em ambientes com aglomeração de pessoas.
- Em locais com grande concentração de pessoas (transporte público, por exemplo), é preciso tomar cuidados especiais.
- Preferencialmente, mantenha-se a pelo menos 1 metro de distância de pessoas que estiverem tossindo ou espirrando.
- Se tiver de tossir ou espirrar, cubra o rosto com o braço dobrado. Isso evita que as secreções do corpo entrem em contato com superfícies ou com outras pessoas.
- As mesmas recomendações valem para qualquer local fechado, como o ambiente de trabalho.
• Álcool gel e máscaras.
- O uso de álcool gel é uma medida eficaz para higienização das mãos, segundo o Ministério da Saúde. No entanto, deve ser considerada uma segunda opção, somente para ocasiões em que não é possível lavar as mãos com água e sabão.
- As máscaras devem ser usadas somente por aqueles que já estão infectados pelo vírus, por profissionais da saúde ou por pessoas que estão com sintomas do coronavírus.