22/04/2020 GaúchaZH
Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (21), o governador Eduardo Leite apresentou uma proposta de mudança da estratégia de distanciamento social no Rio Grande do Sul durante a pandemia de coronavírus.
O foco, a partir de maio, deve ser no chamado distanciamento controlado. Leite afirmou que haverá definição de intensidade das restrições conforme a situação em cada região do Estado e conforme cada atividade econômica.
– Não é razoável manter restrições absolutamente rigorosas que não se sustentam no tempo. Podemos fazer essa mudança com racionalidade porque agora temos um histórico do comportamento do vírus no Rio Grande do Sul. Temos uma maior base de dados, incluindo a pesquisa inédita que fizemos com a UFPel e um novo sistema de controle de leitos em 300 hospitais, dos quais temos os dados das internações.
Na apresentação, o governador afirmou que o Estado será dividido em sete regiões, que serão classificadas por quatro bandeiras, conforme o risco de transmissão do vírus e a capacidade de resposta do sistema da saúde local. Bandeira verde significará risco baixo. Bandeira vermelha, risco alto. Também haverá bandeiras amarelas e laranja.
– A partir dessa matriz temos o risco daquela região, com acompanhamento diário.
Além disso, será feita uma classificação setorial, que Leite disse ainda estar em construção. Dentro de cada segmento será avaliado o risco de transmissão e a relevância econômica. Cada setor terá definição em risco baixo, médio e alto. Isso será levado em conta para a liberação de atividades.
– Uma série de itens será considerado para fazer a segmentação.
Segundo Leite, será feita uma combinação da classificação por região com a classificação por setor. Em bandeira regional vermelha, por exemplo, todas as atividades ficam fechadas, mas, com outras bandeiras, determinadas atividades poderão abrir.
– Esse modelo entra agora em fase de receber proposições para pactuarmos com a sociedade até a semana que vem. É para equilibrar a prioridade à vida com a retomada econômica – disse o governador.