02/09/2020 Correio do Povo
O Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Tributária do Rio Grande do Sul (Sindifisco-RS), que completa dez anos de existência nesta quarta-feira, fruto da união de várias entidades que o antecederam, defende que a sociedade brasileira discuta a necessidade de o país realizar uma reforma tributária que priorize a distribuição de renda e a progressividade no pagamento dos impostos.
A entidade é a representação sindical dos auditores fiscais da Receita Estadual do Estado, o Sindifisco-RS está concentrando esforços, junto com a Fenafisco (Federação), para que o Congresso Nacional enfrente a questão da desatualização da tabela de imposto de renda, diminua os impostos indiretos (consumo e serviços) e aumente os diretos (renda e patrimônio), tornando a carga tributária mais justa.
“O crescimento econômico só virá se aumentarmos a progressividade do sistema, a fim de reduzir a desigualdade de renda. Assim, seja em âmbito nacional ou no Estado, o aumento da receita pública e a superação da crise fiscal só ocorrerão se redistribuirmos a carga tributária, que hoje recai sobre os pobres, via consumo”, afirma o presidente do Sindifisco-RS, Altemir Feltrin da Silva. O Sindicato integra – junto com outras entidades – o movimento “Reforma Tributária Solidária: menos Desigualdade, mais Brasil”.
Feltrin ressalta que a relacionar o fato de o sindicato estar comemorando oficialmente dez anos, mas ter 66 anos de história somando com as entidades representativas da categoria dos auditores fiscais que deram origem ao atual Sindifisco-RS. “Temos muito orgulho de estar a frente hoje, participando da diretoria, buscando sempre mais do que a defesa dos interesses da nossa classe, mas a defesa dos interesses da sociedade gaúcha como um tudo”, afirma.
De acordo com Feltrin, a essência do Estado é prestar serviço ao cidadão em saúde, segurança, educação, infraestrutura, em todas as áreas, e para isso tudo, sempre tem custo. “Aí entra a espinhosa missão da nossa categoria, mas que de uma forma muito brava desempenha a sua missão junto à sociedade gaúcha”, diz.
Ainda segundo Feltrin, a importância da atuação do auditor fiscal é fazer com que, da forma mais justa possível, todos que têm a obrigação de fazer a contribuição para o Estado, o façam da melhor maneira possível.
“Uma das funções premissas da nossa carreira é justamente combater a concorrência desleal, proporcionar a justiça fiscal, que da melhor forma possível os recursos possam ser arrecadados e apropriados no bem comum”, reforça.
Em tempos de pandemia, conforme Feltrin, foi preciso fazer uma adaptação para as festividades pela passagem dos 10 anos da entidade. “Faremos uma transmissão virtual para comemorar desta forma, sem abraços físicos, vamos conversar mesmo pela tela, sempre buscando ressaltar a importância deste aniversário, para que a gente possa ter uma entidade forte pela categoria e pelo povo gaúcho”, destaca. A entidade conta hoje com mais de 1,4 mil filiados.