16/03/2009 ZERO HORA
Novas seleções só estão asseguradas para a área da educação
Para conter os gastos diante de uma queda brusca na arrecadação em 2009, e do tombo de 3,6% no PIB do último trimestre de 2008, o governo deve anunciar a suspensão de novos concursos públicos, juntamente com a nova programação financeira, no fim deste mês.
Neste ano, estão previstos concursos para oito ministérios, num total de 4.227 vagas, mas só os da área da educação serão preservados. Outra medida que deverá ser adotada para enfrentar os efeitos da crise é a suspensão ou o adiamento do pagamento de parcelas futuras do reajuste concedido aos servidores, medida já confirmada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Com relação aos concursos, o ministro confirmou que serão mantidos apenas aqueles considerados prioritários, como para fortalecer o ensino:
- Queremos ampliar as escolas técnicas e universidades - justificou Bernardo, ao falar das prioridades do governo nesta área.
O senador Delcídio Amaral (PT-MS), que foi relator do Orçamento da União para 2009, reconheceu que será difícil manter o ritmo de contratações diante dos efeitos da crise no Brasil.
- Quando cortei o Orçamento, fui muito criticado. Mas acho que, em função da queda na arrecadação, existem várias maneiras para se remanejar o Orçamento, como corte nas despesas de custeio. Uma delas poderia ser a de os concursos serem sobrestados ou se alongar o prazo da contratação - disse Delcídio, que já havia defendido a possibilidade de não se pagar os reajustes salariais.
Das 4.227 vagas já autorizadas pelo governo, 290 vão para a Educação, para substituir terceirizados, e a maior parte, 2.020, para o Ministério da Fazenda, entre outros. Além disso, está autorizada a nomeação de 900 pessoas no Ministério da Saúde, referente a concurso já realizado. (14/3)