19/03/2009 IPEA
16 estados registram queda na arrecadação; pelo menos 1,8 milhão de toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas
A diretora de Estudos Regionais e Urbanos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Dirur/Ipea), Liana Carleial, apresentou, em coletiva à imprensa realizada no dia 17 de março, na sede do instituto em Brasília, o terceiro dos estudos sobre efeitos da crise para o desenvolvimento de longo prazo do Brasil, que vem sendo realizados pelo Grupo de Trabalho da Crise Econômica Mundial. O GT reúne técnicos de planejamento e pesquisa de todas as diretorias do instituto.
O 18° Comunicado da Presidência, o terceiro consecutivo sobre a crise, aponta que, no âmbito internacional, os efeitos perversos do abalo gerado nos EUA já chegam aos países mais pobres do planeta e, no Brasil, já contaminaram as economias de todos os estados.
Um dos indicadores é o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Houve queda de arrecadação do imposto em nove estados em outubro, em 12 em novembro e em 16 em dezembro.
Com a desaceleração econômica, até as emissões de carbono foram reduzidas em cerca de 1,8 milhão de toneladas no país.
O Comunicado faz ainda uma análise de algumas medidas adotadas pelos países e os rumos tomados pelas principais corporações transnacionais do planeta. Dentre as 10 maiores dos chamados "emergentes", sete são asiáticas (chinesas e sul-coreanas) duas brasileiras e uma mexicana. Os setores predominantes são de equipamentos elétricos e eletrônicos, mineral e petrolífero.
Além dos técnicos que participaram da coletiva, contribuíram para a elaboração do Comunicado, Carlos Wagner Albuquerque de Oliveira, José Aroudo Mota, José Hamilton Bizarria, Hugo Roth, Iury dos Santos, Luana Gouveia, Lucas Linhares, Marcelo Piancastelli, Maria Piñon, Michele Sassaki, Milko Matijascic, Paulo Roberto Furtado, Rodrigo Leão e Rogéro Boueri.