21/11/2022 Correio Braziliense
Executivo afirma que crescimento econômico e geração de emprego são condições fundamentais para o novo governo cumprir a agenda em favor da população mais pobre. Ele defende reformas estruturais para estimular mais investimentos do setor privado
De passagem por Portugal, onde falou para uma seleta plateia de investidores e acadêmicos, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, por pouco não cruzou com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se as agendas tivessem coincidido, o executivo teria ouvido do próprio líder brasileiro que o governo dele terá, sim, responsabilidade fiscal, num aceno de paz ao mercado financeiro que, nos últimos dias, elevou as cobranças pelo equilíbrio das contas públicas ante à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira do teto de gastos as despesas do Bolsa Família e outros desembolsos da área social — uma bolada próxima de R$ 200 bilhões por ano. Para Sidney, a fala de Lula foi bem-recebida e, no seu entender, deve-se dar um voto de confiança ao novo governo, dado o histórico de oito anos de administração responsável do petista na área fiscal.