11/08/2023 Correio Braziliense
Em audiência no Senado, o presidente do Banco Central, disse que após aprovação do novo marco fiscal e outras medidas encaminhadas pelo governo, o juro real poderá cair
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enumerou, durante sessão no plenário do Senado, os temas que impedem a redução da taxa de juros elevados no Brasil, entre eles estão os gastos públicos. A arguição foi marcada pelo Senado para que Campos Neto explicasse as razões pela demora em iniciar o ciclo de redução da taxa básica de juros, mesmo após a inflação brasileira desacelerar.
Segundo Campos Neto, “apesar do esforço fiscal”, o Brasil ainda gasta, em termos reais, ou seja, considerando a inflação, muito acima do resto do mundo. Ele apresentou gráficos demonstrando que nos anos de 2023 e 2024 o Brasil vai gastar 3,3% acima da inflação, enquanto a média dos gastos na américa latina a taxa será 0,9%. “Mesmo com todo esforço que tem sido feito, o crescimento de gastos acima do resto do mundo ainda é uma característica do Brasil”, apontou o presidente do BC, frisando que este é “um tema estrutural” do país, independente do partido que governa. Para exemplificar o esforço que vem sendo feito para diminuição de gastos, Campos Neto citou a reforma da previdência, aprovada durante o governo Bolsonaro.
O presidente do BC também apontou o esforço do governo atual para aumentar a arrecadação, através de medidas como o novo marco fiscal, a reforma tributária e matérias que ainda serão encaminhadas. Ponderou, no entanto, que o mercado ainda não projeta em suas previsões o otimismo da equipe econômica.
Em audiência no Senado, o presidente do Banco Central, disse que após aprovação do novo marco fiscal e outras medidas encaminhadas pelo governo, o juro real poderá cair
Publicado originalmente no Correio Braziliense. Leia mais (O acesso à matéria pode exigir assinatura pessoal).