10/10/2023 Info Money
Se condição persistir, consumidor vai arcar com preços mais elevados, enfatiza executivo
Wilson Cardoso, CTO da Nokia para América Latina, afirmou ser “um grande absurdo” o texto da Reforma Tributária em discussão no Congresso não incluir o setor de telecomunicação, sobretudo, o 5G, como serviço essencial.
Sob esta situação, segundo o executivo, quem vai pagar a conta será o consumidor. “O que a gente espera, com o setor fora do rol de serviço essencial, é que os tributos ficarão mais caros. E isso vai passar para o consumidor. Vai ser repassado para conta de celular e de banda larga fixa”, disse o executivo em entrevista ao InfoMoney durante o Futurecom 2023, evento de TI e Telecomunicações realizado em São Paulo na semana passada.
Marcos Ferrari, presidente da Conexis Digital Brasil, associação das empresas de telecomunicações, já havia defendido, em junho, algum incentivo fiscal para o setor, a exemplo do segmento automotivo que foi beneficiado por descontos em carros com preços mais populares.
O texto-base da Reforma Tributária definiu um Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) no formato dual, composto por dois tributos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). O primeiro substituiria PIS, Cofins e o IPI. E o segundo o ICMS (estadual) e o ISS (municipal).
No novo sistema, o IVA dual contará com uma alíquota padrão, outra diferenciada (com redução de 60% em relação à primeira) e uma terceira zerada. A tributação de produtos e serviços considerados essenciais terá essa “alíquota diferenciada”.
Publicado originalmente no Info Money Leia mais (O acesso à matéria pode exigir assinatura pessoal).