10/11/2023 Folha de São Paulo
Ministro diz que tema é questão de Brasil e que, apesar das flexibilizações feitas, cerne da proposta está mantido
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) comemorou nesta quarta-feira (8) a aprovação em primeiro turno da Reforma Tributária no Senado após 40 anos de discussão. Apesar disso, ele lamentou o trabalho de integrantes da oposição que atuaram para barrar o texto.
O placar em primeiro turno foi apertado, com 53 fotos favoráveis —apenas 4 a mais do que os 49 necessários para uma alteração constitucional e abaixo do previsto pelo governo na véspera, que esperava o apoio de 55 senadores. Foram 24 votos contrários.
“Houve muita atuação por parte da oposição contra a reforma. Na minha opinião, isso polarizou um pouco o debate, que é uma questão de Brasil. A proposta de emenda constitucional nem sequer foi apresentada neste governo. Já vinha tramitando desde 2019”, disse.
Para ele, a discussão na Câmara —para onde a proposta retorna, por ter sofrido modificações no Senado— será mais fácil. “É incorporar ou não [as mudanças] e poder promulgar. Eu acredito que seja possível a promulgação da Reforma Tributária ainda neste ano”, disse.
Haddad disse acreditar que não será necessária uma promulgação de forma fatiada, como foi aventado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Publicado originalmente na Folha de São Paulo Leia mais (O acesso à matéria pode exigir assinatura pessoal).