13/11/2023 Folha de S. Paulo
Passo é decisivo e o maior que o Brasil deu em muitos anos
A aprovação da Reforma Tributária no Senado foi uma grande vitória do governo e do Brasil. Que bom que voltamos a ser um país em que, pelo menos às vezes, os dois vencem juntos.
Como escrevi na semana passada, as evidências sugerem que a reforma tornará os impostos brasileiros mais eficientes e mais justos. Aprová-la foi um sonho para o governo Fernando Henrique Cardoso, para o governo Lula, para o governo Dilma, para o governo Temer, e só não foi para o Jair porque Guedes preferia voltar com a CPMF.
Bolsonaro, aliás, resolveu aparecer no Congresso Nacional para impedir a aprovação da Reforma Tributária. Tentou provar que, ao contrário de quem dependia dele para comprar vacina durante a pandemia, sua carreira política não morreu. No que já vem se tornando um hábito, Jair perdeu.
Mas a previsão geral é que a aprovação saia ainda este ano. Afinal, Arthur Lira também vê na Reforma Tributária o principal legado de sua presidência.
O ministro Fernando Haddad precisava muito dessa vitória histórica. Nas semanas anteriores, seu prestígio foi abalado pela confusão dentro do governo sobre a nova meta fiscal. Há ruídos entre a Fazenda e a Casa Civil, como, aliás, houve em todos os governos anteriores.
Publicado originalmente na Folha de S. Paulo Leia mais (O acesso à matéria pode exigir assinatura pessoal).