15/06/2011 CORREIO DO POVO
Adversários de Tarso Genro buscam espaço para enfrentar pacote do governo
Os partidos de oposição ao governo Tarso na Assembleia se reuniram ontem para buscar unidade, projetar atuação em bloco e construir estratégia discursiva para atacar os projetos do programa de sustentabilidade financeira.
A primeira definição de consenso entre os oposicionistas é de que eles devem reforçar, junto ao Piratini, os pedidos de retirada do regime de urgência dos projetos. Fragilizada até o momento, a oposição ainda mantém a esperança de cooptar junto a alguns deputados governistas votos contrários às alterações nas Requisições de Pequeno Valor (RPVs) e à cobrança de alíquota previdenciária de 16,5% de parcela dos servidores.
Porém, diante da flagrante dificuldade em derrotar a maioria governista no Plenário, os oposicionistas pretendem ao menos unificar o discurso e buscar aproximação junto às entidades contrárias às propostas do Piratini para tentar desgastar a imagem pública de Tarso. "O único espaço que temos para mostrar as contradições e mentiras do PT é aqui na Assembleia. Temos que ocupar o nosso espaço, superar as diferenças e formar parcerias com os setores atingidos para que os nossos argumentos ecoem com mais força", afirmou o deputado Marco Alba (PMDB).
Na reunião, que contou com a presença das bancadas do PMDB, PP, PSDB, PPS e Dem, foi encaminhada a realização de sessão extraordinária na Comissão de Constituição e Justiça, presidida por Edson Brum (PMDB), que deverá ocorrer no dia 28 de junho, quando os projetos passam a trancar a pauta da Assembleia. O intuito é anexar aos projetos das RPVs e da alíquota previdenciária de 16,5% o parecer de inconstitucionalidade da CCJ.