23/09/2011 CORREIO DO POVO
Não há dia sem que servidores batam à porta de Tarso pedindo aumento
Lideranças do funcionalismo estadual criticaram ontem o Piratini, que está analisando, segundo eles, com lentidão as reivindicações salariais. Em pouco mais de seis meses de gestão, as expectativas por reajustes, dizem, esbarraram em alegadas dificuldades financeiras e se tornaram uma dificuldades na relação com Executivo estadual. No início de agosto, brigadianos começaram a queimar pneus em rodovias para protestar. Outras categorias, entre elas a Polícia Civil, a Procergs, o Detran, a Fessergs e o Sintergs, também passaram a pressionar o Piratini em busca de reajuste salarial. O Cpers, por sua vez, mantém um crescente atrito com o governo Tarso Genro.
Lideranças do funcionalismo afirmam que esperavam mais do Piratini. "Evidentemente que a chegada do governo Tarso provocou expectativa muito grande. Isso ocorreu principalmente pelo discurso de campanha, que falava em qualificação e era contrário às práticas do governo anterior (Yeda Crusius)", afirmou o presidente da Federação Sindical dos Servidores do RS (Fessergs), Sérgio Arnoud. O próprio currículo de Tarso incentivou determinadas áreas do funcionalismo a ter esperanças. "Nós, da segurança, sabemos que o governador, ainda como ministro da Justiça, valorizou os policiais federais. Pesamos que isso ocorreria aqui também. Se criou muita expectativa", afirmou ontem Leonel Lucas, presidente da Abamf.