23/11/2011 ZH
Atualmente, o governo já conta com 20% das receitas liberadas, mas o objetivo do governo era garantir a margem de manobra orçamentária para os próximos quatro anos. O dispositivo, que se chama Desvinculação das Receitas da União (DRU), garantirá à Presidência liberdade para gerir R$ 62,4 bilhões nos próximos quatro anos.
Foram 364 votos favoráveis, 61 contrários e duas abstenções. Até o fechamento desta edição, ainda havia sete destaques a serem analisados – o que poderia modificar o texto. A expectativa, porém, é de que todos eles, de autoria da oposição, acabassem rejeitados. Depois disso, a emenda segue para votação no Senado.
Como a DRU perde o efeito em dezembro, o governo corre para aprová-la antes do recesso parlamentar, que começa em 23 de dezembro.
Como forma de estimular deputados aliados a votar a favor da emenda, nas últimas semanas foram intensificados o ritmo de liberação de verbas parlamentares e a indicação de cargos do segundo escalão do governo.
Ministros participaram ativamente das negociações políticas. Ideli Salvatti (Relações Institucionais) acompanhou todas as votações diretamente na Câmara. A DRU foi criada em 1994, com o Plano Real.