30/01/2012 CORREIO DO POVO
Não há, entre os poderes, quem acredite que o governador Tarso Genro ainda tenha alguma pretensão sobre mudar o valor do teto. "Se fizer isso, é proselitismo. Porque sabe que é inconstitucional, será derrubado e servirá apenas como discurso político do tipo: eu tentei", assegura um funcionário graduado da Assembleia Legislativa. Hoje, o Legislativo se debate com uma pendenga judicial para definir como tratar quem estava acima do teto em 2007, quando a Casa estabeleceu um primeiro regramento.
No Executivo, diferentes categorias de servidores asseguram que o teto é cumprido, mesmo quando são considerados os salários de funcionários antigos. "O Executivo respeita o teto. O que sabemos é que existiriam problemas com outros poderes", informa o presidente do Sindifisco RS, Luiz Antonio Bins.
As distorções que ocorrem por todo o país, no entanto, existem também no Rio Grande do Sul. No Tribunal de Contas do Estado (TCE), até o ano passado, o presidente recebia uma verba de representação que não era contabilizada para o cálculo do teto. Após assumir a presidência, o conselheiro Cezar Miola promoveu alterações. Apesar de a verba não ser "levada" para a aposentadoria, Miola optou por contabilizar tudo no cálculo do teto.