01/06/2009 JOÃO A. MARINS
Tão logo saímos da Assembléia Geral Extraordinária de 20 de maio, na qual foi decidida a imediata formação de comissão mista para estudar e apresentar parecer sobre as propostas de leis orgânicas definidas pela categoria, começamos o nosso périplo pelos corredores do poder público para viabilizar a decisão tomada. Nada de novo, afinal iríamos percorrer caminhos que já vínhamos incessantemente trilhando nos últimos meses.
Como muita paciência e fôlego, subimos várias vezes a “Rua da Ladeira” para conversar com as principais lideranças do executivo e da base do governo na assembléia legislativa. A novidade que levamos aos parlamentares, secretários e seus principais assessores, é de que a inércia do governo estava prestes a acarretar sérios problemas na Secretaria da Fazenda.
Reforçando algo que parece ter se tornado um mantra entre os comandantes e acólitos deste governo, as lideranças governamentais nos disseram que concordavam “filosoficamente” com as nossas postulações. De prático, concreto e oficial, nenhuma medida.
O governo, que está envolto em nuvens negras, se nega a ver a nesga de sol que representam as leis orgânicas propostas pela categoria, que proporcionarão, caso implementadas, um novo patamar de modernidade e eficiência para setores tão sensíveis e fundamentais, como são o controle interno e a administração tributária.
A crônica surdez a que foi acometido o Secretário da Fazenda, que - em março passado - teve o desplante de afirmar que não sabia absolutamente nada a respeito de nossos projetos, conjugada com a falta de sensibilidade do governo em constatar que essa é uma posição sectária e descabida para quem comanda o setor chave do estado, não deixa alternativas para o nível superior da Fazenda.
A categoria, na próxima quarta-feira, dia 3 de junho, seguramente saberá dar a resposta à altura do tratamento a ela (não) dispensado por esse governo.
JOÃO A. A. MARINS
PRESIDENTE