Se entre as autoridades ainda há dúvidas sobre qual é o melhor caminho para combater o coronavírus, economistas parecem ter chegado a um raro consenso. Independentemente dos rumos da quarentena — alvo de controvérsia no país —, profissionais que são referências em suas áreas defendem que o governo federal deixe de lado a meta fiscal do ano e direcione o máximo de recursos que puder para amenizar os prejuízos causados pela pandemia. De preferência, rápido.
Com o avanço de ações mais duras para frear a disseminação do coronavírus no Brasil, alguns empresários começam a se manifestar de maneira incisiva contra as medidas de quarentena e de isolamento social adotadas por algumas cidades e Estados do país. O grupo critica o fechamento do comércio e a paralisia da atividade, defendendo que o dano à economia brasileira será muito maior do que o causado na saúde pública, e parte dele, inclusive, chegou a minimizar as perdas humanas provocadas pela doença. Muitos incentivam carreatas com o lema, insuflado pelo Governo, O Brasil não pode parar. Esses empresários ganharam ainda mais respaldo após o próprio presidente Jair Bolsonaro se pronunciar em rede nacional na última terça-feira para criticar o fechamento de locais comerciais e escolas, culpar a imprensa pelo que classifica de clima de “histeria” e pedir que a população volte à normalidade para que os empregos sejam mantidos
Depois de anunciar e defender a redução salarial de servidores públicos de todos os Poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo), por meio de uma proposta no Congresso, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), parece ter recuado. Em conversa ontem à noite com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, firmou com o magistrado o compromisso de não levar a medida adiante.
Em vez de cortar salários dos trabalhadores, o presidente Jair Bolsonaro poderia criar imposto para os super-ricos, que, juntos, acumulam fortuna de R$ 1,2 trilhão. Com a taxação de apenas 3% sobre o montante, seria possível arrecadar R$ 36 bilhões, valor superior ao orçamento de 1 ano do Bolsa-Família. E mais, se taxasse em só 1% o patrimônio das famílias mais ricas, a receita poderia chegar a R$ 80 bilhões. Somados, renderiam R$ 116 bilhões aos cofres públicos a mais para enfrentar os efeitos da pandemia do coronavírus.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira (24) que partidos articulam a elaboração de uma proposta prevendo a redução dos salários de servidores públicos e parlamentares durante o período da crise do coronavírus no país.
Tributar os super-ricos pode arrecadar R$ 272 bilhões para serem usados contra a crise econômica, que será aprofundada pela crise de saúde pública produzida pelo coronavírus. É o que defendem a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), os Auditores Fiscais pela Democracia (AFD) e o Instituto Justiça Fiscal (IJF). Eles divulgaram um documento, nesta terça (23), com 14 propostas para serem implementadas a fim de amenizar os impactos econômicos da Covid-19 no país.
Após ser criticado por governadores por letargia e falta de coordenação na resposta à crise do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro divulgou nesta segunda-feira (23) uma série de medidas para auxiliar governos locais durante a pandemia.
O pacote inclui a suspensão da dívida de Estados com a União no valor de R$ 12,6 bilhões.
O anúncio ocorre pouco depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter determinado a suspensão, por seis meses, do pagamento da dívida de São Paulo com o governo federal.
Mais nove professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul assinaram o manifesto com diretrizes para governos no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Até o momento, são 51 doutores, pesquisadores e docentes universitários, com formação no Brasil e no exterior, que se colocaram à disposição para ajudar a sociedade brasileira a combater a crise decorrente do momento de excepcionalidade. Novos apoios de docentes de universidades brasileiras estão sendo recebidos pelo comunicafce@ufrgs.br.
A União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública (UG) vem externar publicamente seu REPÚDIO a atitudes do governo do Estado, em momento de tamanha crise instalada no Rio Grande do Sul, em razão do coronavírus. Contrariando expressamente decreto do governador, que vedava a reunião presencial com a participação de eventual portador de sintomas do coronavirus, o govenador do Estado convidou as entidades para uma reunião no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), no dia 18 de março, através da Seplag, secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão.